Em agosto, o Grande ABC registrou aproximadamente 680 mil residentes com pendências financeiras, de acordo com a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) de São Caetano. Desse montante, 70,36% apresentaram dívidas em instituições bancárias, enquanto 14,57% não conseguiram quitar suas contas de água ou eletricidade. Entre essas pessoas, 50,44% desses devedores são do sexo feminino, e a faixa etária mais afetada abrange indivíduos com idades entre 30 e 39 anos.
O levantamento das estatísticas revelou um aumento de 10,75% no número de negativados nas sete cidades da região em comparação com o mesmo período do ano anterior. A partir da aplicação desse índice sobre a base de 606.781 devedores de agosto do ano passado, chegou-se ao total de 672.010 pessoas negativadas.
Em comparação ao mês de julho, o índice de endividamento cresceu 2,71%. No contexto regional do Sudeste, a variação anual foi de 6,47%, enquanto a média nacional atingiu 7,17%. Esse cenário surge em meio ao programa Desenrola, iniciativa do governo federal voltada para a reabilitação do crédito, que, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), renegociou 1,5 milhão de contratos, totalizando R$ 9,5 bilhões em volume financeiro em apenas um mês, de 17 de julho a 18 de agosto.
No que diz respeito à distribuição por faixa etária, grande parte dos endividados estão em um grupo de 30 a 39 anos, responsável por 25,25% das dívidas em atraso, seguido pelas faixas de 40 a 49 anos, com 23,70%, e 50 a 64 anos, com 22,58%. Quanto ao gênero, as mulheres apresentam uma pequena liderança, correspondendo a 50,44%, enquanto os homens representam 49,56% dos devedores.
No mês de agosto, a média das dívidas de cada consumidor negativado na região atingiu o valor de R$5.157,06, considerando o somatório de todas as obrigações. Nota-se que 25,88% possuíam débitos de até R$500, e esse percentual aumenta para 38,18% quando se trata de dívidas de até R$1.000. O tempo médio de inadimplência alcança 25,6 meses, com 36,62% dos devedores acumulando dívidas há um período que varia de um a três anos.
Os bancos se destacam como os principais credores, respondendo por 70,36% do total de dívidas em atraso, seguidos pelas contas de água e luz, que representam 14,57% das pendências financeiras.