Cotidiano

A importância dos Matarazzo para São Caetano e o ABC

Nesta sexta-feira, a cidade de São Caetano completa 146 anos. O desenvolvimento econômico tem sido um ponto positivo para a cidade. No entanto, o seu passado envolve muitos nomes e indústrias importantes para esse progresso. 

Conheça abaixo a história das Indústrias Matarazzo, um dos conglomerados mais importantes para a formação da Cidade:

A história da família Matarazzo no Brasil teve início em 1881, quando Francesco Matarazzo decidiu migrar para o país e se estabelecer em Sorocaba. Naquela época, Sorocaba era reconhecida como o maior centro de comércio de gado no Brasil, e foi lá que Francesco abriu uma venda para iniciar seus empreendimentos.

No início do século XX, o conde Matarazzo, que foi considerado o pai da indústria brasileira, ergueu na capital de São Paulo o maior complexo industrial da América Latina e dessa forma foi de extrema importância para impulsionar a economia brasileira.

Em 1915, Matarazzo formou o Núcleo Industrial de São Caetano, a primeira tentativa brasileira de articulação de diversas indústrias em um conglomerado.

Muitas fábricas se instalaram na região do Grande ABC naquela época. Contudo, devido ao baixo custo, proximidade às ferrovias, áreas planas e a existência de recursos hídricos, Matarazzo não pensou duas vezes antes de também instalar seu conglomerado em São Caetano. 

No entanto, as fábricas Matarazzo e Cerâmica foram excepcionalmente relevantes para a construção da história e na influência da industrialização da região, além de serem consideradas sinônimo de desenvolvimento para os municípios do ABC, principalmente quando se fala em São Caetano do Sul.

Em seu auge, a Matarazzo possuía mais de dez mil funcionários no ABC, e consequentemente, depois de 25 anos estabelecida em São Caetano, uma das duas primeiras indústrias de Francesco passou a ser vista como a maior geradora de emprego do distrito. Carregando essa fama consigo por várias décadas à frente. A unidade da cidade era uma das maiores de um grupo que possuía 365 fábricas.

Francesco Matarazzo morreu sendo o homem mais rico do Brasil e a quinta pessoa mais rica do mundo. Era considerado tão importante pela sociedade que em seu velório recebeu cerca de 100 mil pessoas, o que era considerado 10% da população Paulistana na época.

Como legado deixou, o parque industrial construído no bairro da Água Branca, o Moinho Matarazzo (patrimônio histórico que foi tombado), a sede da prefeitura de São Paulo (que era um prédio de suas indústrias), o Parque Trianon, a Cidade Matarazzo, entre outros.

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